O Supremo Tribunal Federal (STF), formou nesta segunda-feira, (10), a maioria a favor da liminar de Gilmar Mendes, que afasta Mario Hossokawa da presidência da Câmara Municipal de Maringá. Ele já estava afastado do cargo desde o dia 21 de janeiro.
Os ministros Dias Taffoli e Edson Fachin foram quem votaram aprovando a decisão de Mendes. O Supremo ainda aguarda os votos de Nunes Marques e André Mendonça, para o encerramento do julgamento. Os votos devem serem registrados até a terça-feira (11). Em seguida o mérito deverá ser julgado.
Hossokawa já vinha de mandatos consecutivos na presidência da Câmara de Maringá. O marco legal diz que a partir de 7 de janeiro de 2021, presidentes de legislativo só poderiam se reeleger uma vez. Por esse motivo houve o afastamento por decisão judicial.
Mario Hossokawa se manifestou através de uma nota sobre a decisão:
“Nesta data, 10 de março de 2025, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para manter meu afastamento da Presidência da Câmara Municipal de Maringá até o julgamento final da reclamação em curso no tribunal. Os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin acompanharam o relator, Gilmar Mendes, enquanto os ministros André Mendonça e Nunes Marques ainda não manifestaram seus votos.
A decisão contraria o entendimento já consolidado pelo próprio STF nas ADIs 6.674 e 6.524 e, especialmente, na ADPF 959, que uniformizou o posicionamento de que não seriam consideradas, para efeito de inelegibilidade, as composições das Mesas Diretoras dos legislativos municipais eleitas antes de 7 de janeiro de 2021.
Além disso, a decisão do ministro Gilmar Mendes diverge de recentes posicionamentos da 1ª Turma do STF nas Reclamações 75038 e 76081, julgadas em 16 de janeiro e 12 de fevereiro de 2025, respectivamente, ambas referentes a casos semelhantes ao meu.
Agora, aguardo o julgamento do mérito da reclamação.
Fui eleito democraticamente presidente da Câmara Municipal de Maringá com 21 votos dos 23 vereadores da atual legislatura, em um pleito conduzido em total conformidade com a legislação vigente e com as próprias decisões do Supremo Tribunal Federal sobre a reeleição de presidentes das Casas Legislativas municipais.
Sigo confiante na Justiça e certo de que em breve retornarei à Presidência da Câmara. Até lá, continuo exercendo com dedicação meu mandato de vereador, sempre à disposição da população de Maringá e trabalhando pelo desenvolvimento da nossa cidade. Meu gabinete permanece aberto para acolher a todos.”