A Câmara Municipal de Maringá aprovou, com expressiva maioria de 17 votos favoráveis, a abertura de uma Comissão Processante (CP) para investigar e possivelmente cassar o mandato da vereadora Cris Lauer (Novo). A decisão foi tomada em sessão ordinária na terça-feira (27), marcando o início de um rito que pode levar à perda do mandato da parlamentar.
Os únicos que votaram contra foi a própria Cris Lauer, Daniel Malvezzi (Novo) e a vereadora Giselli Bianchini (PP).
O pedido de cassação foi lido em plenário e, após a votação, os vereadores decidiram pela instalação da CP, que terá a incumbência de apurar as denúncias que pesam contra Cris Lauer. A vereadora, que foi a mais votada na história de Maringá em sua eleição, já havia sido condenada em primeira instância por improbidade administrativa, em um caso que envolveria o uso indevido de recursos públicos para fins pessoais, com a determinação de pagamento de multa e devolução de valores aos cofres públicos.
Em sua defesa, Cris Lauer tem negado qualquer conduta irregular. A abertura da Comissão Processante significa um passo formal para a investigação das acusações. A comissão terá a responsabilidade de ouvir a vereadora, coletar provas, ouvir testemunhas e, ao final, emitir um relatório que será submetido a nova votação em plenário. O resultado dessa votação definirá o futuro político de Cris Lauer.
A repercussão da notícia é grande na cidade, visto o histórico da vereadora e a seriedade das denúncias. A composição da comissão e o cronograma dos trabalhos serão definidos nos próximos dias, e o caso certamente continuará no centro das atenções da política maringaense.