Leilões de Angus, Ultrablack e Sindi movimentam a Expoingá 2025

A quarta-feira (14) foi de intensa movimentação no setor de pecuária da 51ª Expoingá, com a realização de dois importantes leilões que colocaram em destaque o potencial genético de raças de elite. O primeiro leilão teve início às 19h30, no Recinto Ermelindo Bolfer, e ofertou touros reprodutores e fêmeas das raças Angus e Ultrablack. Simultaneamente, outro leilão foi realizado na Casa da Pecuária, com animais da raça Sindi sendo apresentados exclusivamente de forma virtual.

Ambos os eventos foram transmitidos ao vivo pelo canal das leiloeiras responsáveis,, alcançando compradores e investidores de várias regiões do Brasil. A tecnologia permitiu que os leilões fossem acompanhados remotamente, com vídeos detalhados dos animais, o que garantiu uma ampla participação e lances competitivos ao longo da noite.

No leilão de Angus e Ultrablack, 59 animais foram apresentados, entre touros e fêmeas destinados à reprodução e formação de matrizes. Segundo Devair Bortolatto, sócio da leiloeira, os lances começaram a partir de R$ 400 por parcela (são 33 no total), com disputa acirrada entre os compradores. “Ontem teve touro que chegou a 800 reais por parcela. Isso mostra a valorização do bom material genético. Hoje, a expectativa é que os lances também subam bastante”, afirmou.

Um dos criadores que participou do evento foi Erni Bublitz, que levou à Expoingá 38 animais. “A gente trabalhou a melhor parte do nosso rebanho para trazer hoje aqui. É a nossa estreia na feira, e a expectativa é muito boa”, destacou.

Já o leilão do Sindi, realizado na Casa da Pecuária, contou com a oferta de 38 animais – machos e fêmeas – que foram exibidos exclusivamente por vídeos. De acordo com o organizador Paulo Ferro Filho, embora o mercado ainda apresente sinais de recuperação, o interesse pela raça continua. “A gente está vindo pra Expoingá pelo quarto ano seguido. Em 2022 e 2023 o mercado foi excelente. No ano passado, caiu. Agora em 2025 parece que está voltando, mas ainda não naquele ritmo. Mesmo assim, o Sindi continua se destacando “, explicou.

O organizador também destacou a versatilidade da raça Sindi, que se adapta bem a diferentes cruzamentos, além de ser rústico de dupla aptidão, carne e leite. “Ela cruza com Nelore, holandês, qualquer outra raça. O resultado é um boi com ótima qualidade de carne e produtividade.” Para ele, os valores esperados para os animais da raça Sindi giram entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, com até 200 quilômetros de frete oferecido aos compradores como incentivo adicional.

A realização desses dois leilões reforça o papel da Expoingá como uma das maiores vitrines do agronegócio nacional. A união entre tradição, tecnologia e genética de ponta atrai criadores e investidores de todos os cantos do país, consolidando Maringá como um polo de excelência na pecuária brasileira.

Fonte: Sociedade Rural de Maringá

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