Dois vigias da Câmara Municipal de Maringá receberam juntos quase R$ 50 mil em horas extras no mês de abril, conforme dados do Portal da Transparência. Mesmo com carga horária de 30 horas semanais, um servidor recebeu R$ 32 mil em adicionais e outro, R$ 18 mil.
Por meio de nota a Câmara justificou os altos valores pela falta de segurança no prédio anexo e informou que uma licitação para contratação de vigilância terceirizada está em andamento, com resultado previsto para 26 de maio. A instituição afirmou ter adotado medidas após identificar os pagamentos elevados.
Segundo a Câmara, as horas extras começaram a ser registradas em janeiro de 2025, após a locação do prédio anexo da Câmara, que passou a demandar segurança contínua. Com número reduzido de vigilantes concursados e sem possibilidade de novas contratações devido à extinção do cargo pela Lei Municipal nº 11.671/2023, foi necessário recorrer ao pagamento de horas extras para cobrir escalas noturnas e afastamentos legais.
Além da substituição imediata do modelo de vigilância, a Presidência determinou:
• A suspensão de escalas com excesso de horas extras;
• A realização de revisão detalhada nos pagamentos e escalas dos últimos 12 meses;
• A adoção de medidas estruturantes, como a terceirização dos postos noturnos e o estudo para reestruturação do quadro de pessoal.
“Agimos com responsabilidade, transparência e rapidez. O compromisso desta gestão é com o uso correto dos recursos públicos e o respeito às leis”, destaca a presidente Majô.
A Câmara ressalta que todas as medidas e os resultados da apuração serão divulgados publicamente, reafirmando o compromisso da Câmara com a ética, a legalidade e o bom uso do dinheiro público.